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Impulsionamento em redes sociais potencializa mercado, dizem advogados

Novas regras permitem direcionamento de conteúdo a usuários das redes com perfil buscado pela banca

23 de julho de 2021

impulsionamento de publicidade, aprovado em novo Provimento do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, abre um leque de oportunidades para a advocacia. É o que pensam muitos advogados sobre as novas regras de publicidade para o mercado jurídico.

Para o advogado Renato de Mello Almada, sócio de Chiarottino e Nicoletti Advogados, “a atualização do provimento sobre a publicidade na advocacia se fazia necessária diante dos novos tempos em que vivemos”.

Almada, que foi membro do Tribunal de Ética da OAB-SP de 2013 a 2020, afirma que “o impulsionamento em redes sociais, evidentemente preservando aspectos éticos inerentes à profissão, ou seja, sem visar a captação de clientela ou mercantilização da atividade, e respeitando o uso moderado de recursos financeiros, parece benéfico, em especial para a jovem advocacia, que poderá se utilizar desse mecanismo para mostrar sua existência e, assim, se firmar na profissão”.

A advogada Carolina Barros Pires, sócia e gerente de Desenvolvimento de Negócios do Chenut Oliveira Santiago Advogados, considera a liberação do impulsionamento de posts pela advocacia “um avanço que irá contribuir com a uniformização de oportunidades entre as pequenas e grandes bancas”.

Segundo ela, com a medida, “os escritórios localizados nos menores municípios do país terão a oportunidade de levar seus conteúdos para todo o Brasil, atingindo um público qualificado — o que é possível pelo tráfego pago, que permite filtrar as características de quem vai receber o conteúdo — e com um investimento baixíssimo”.

De acordo com André Damiani, criminalista especializado em Direito Penal Econômico e LGPD, sócio fundador do Damiani Sociedade de Advogados, o impulsionamento de postagens, que “não significa um ‘liberou geral’ porque pressupõe o cumprimento de algumas regras, deve estar vinculado a conteúdo informativo, sendo proibida a publicidade direta e captação de clientes mediante pescaria do tipo ‘entre em contato'”.

Para ele, a liberação do impulsionamento “é fundamental porque permite aos advogados direcionarem seu conteúdo para usuários das redes com o perfil buscado pela banca”. “Até aqui, nenhuma grande novidade porque já era praticado por alguns escritórios que utilizavam as redes sociais como forma de divulgar conteúdo, informando acerca de matérias jornalísticas e promovendo newsletters.”

Segundo Flávia Bortolini, especialista em Direito Digital e proteção de dados, e associada do Damiani Sociedade de Advogados, “é cada dia mais comum ao potencial cliente buscar o seu profissional nas redes sociais, seguindo e ‘curtindo’ páginas de seu interesse”. Para ela, “com certeza a advocacia não pode ficar para trás num mundo cada vez mais tecnológico”.

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