Notícias

Inconsistência de MPs gera mais ações trabalhistas

Falta de clareza em medidas deixa empregados e empregadores confusos

4 de maio de 2020

As medidas provisórias anunciadas até o momento pelo governo federal para amenizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus não são claras, deixando empregados e empregadores confusos, o que gera conflitos e maior número de ações trabalhistas. Essa é a avaliação de advogados consultados pela ConJur.

De janeiro para cá, o número de processos trabalhistas movidos por consequência da Covid-19 já passou a marca de 10 mil ações e 9 mil demissões e afastamento. O valor total das causas beira os R$ 600 milhões. Os dados são da ConJur, obtidos em parceria com a instituição de educação Finted e a startup Datalawyer Insights, e estão disponíveis na plataforma Termômetro Covid-19 na Justiça do Trabalho.

“Entendo que as demandas relacionadas à Covid-19 e, consequentemente, demissões, suspensões e reduções salariais se dão diante da falta de clareza nos mais diversos temas das MPs, bem como pelos posicionamentos diversos dos órgãos do Judiciário, trazendo insegurança jurídica às empresas e empregadores em geral”, afirma Karen Badaró, especialista em Direito do Trabalho empresarial e sócia do Chiarottino e Nicoletti Advogados.

Carlos Eduardo Dantas, sócio do Peixoto & Cury Advogados, tem uma posição parecida. Para ele, as MPs deixaram de regulamentar uma série de questões necessárias. “Assim, cada empresa está aplicando da forma que lhe parece mais razoável, o que, sem dúvida vai gerar diversos questionamentos e processos”, explica.

Para Wilson Sales Belchior, sócio do Rocha, Marinho e Sales Advogados e conselheiro federal da OAB, “o crescimento da judicialização no direito trabalhista é reflexo da insegurança jurídica provocada pela diversidade interpretativa sobre as novas normas”.

Notícias Relacionadas

Notícias

Furto em estacionamento por liberação de veículo sem ticket gera justa causa

Manobrista foi dispensado após efetuar a entrega de veículos a desconhecidos

Notícias

Morre, em Brasília, ministro Moreira Alves

Magistrado integrou a Corte por 27 anos e 10 meses