Em cartas escritas para parentes, presos da penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), que tiveram testes positivos para Covid-19, afirmam que seguem convivendo nas celas com outros detentos ainda não examinados. Os relatos foram obtidos pelo UOL.
Ouvida pelo portal, Cecilia Mello, advogada, ex-juíza federal e sócia fundadora do escritório Cecilia Mello Advogados, afirmou que “a população carcerária é mais vulnerável à contaminação por coronavírus do que a população em geral. Isto porque as condições de confinamento não atendem aos padrões sanitários mínimos em circunstâncias normais”.
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) afirmou que segue as determinações do Centro de Contingência do coronavírus e avalia permanentemente o direcionamento de ações para o enfrentamento do problema.
A SAP afirma: “Medidas de higiene e distanciamento preconizados pelos órgãos de saúde foram aplicadas, foram suspensas as atividades coletivas; realizada a busca ativa para casos similares ao COVID-19; a limpeza das áreas foi intensificada; a entrada de qualquer pessoa alheia ao corpo funcional foi restringida; foi determinada a quarentena para os presos que entram no sistema prisional; realizado o monitoramento dos grupos de risco; ampliação na distribuição de produtos de higiene, álcool em gel e sabonete; distribuição de EPIs como máscaras; horários alternados no refeitório e manutenção de filas, preservando-se o distanciamento seguro entre as pessoas. A testagem em massa da população paulista foi planejada por órgãos técnicos da área de saúde e contempla os servidores do sistema prisional, bem como os custodiados, em sua segunda fase, com início previsto para os próximos dias.”