Com a pandemia do novo coronavírus e o número cada vez maior de vítimas da Covid-19, escritórios de advocacia viram aumentar a consulta de clientes preocupados com a própria sucessão.
Ouvida pelo Valor, Maria Amélia Colaço Alves Araújo, sócia da área de planejamento patrimonial, família e sucessões do WZ Advogados, afirma que tem recebido mais contatos. As preocupações mais frequentes, ela conta, são com os mais vulneráveis, como filhos ou pais idosos.
“Quem vai cuidar deles e como vai provê-los. Que a família possa enfrentar o luto sem entraves burocráticos. E também manifestam preocupação com a condução de empresas familiares em caso de processos na Justiça”, explica.
Para quem quer se precaver, a advogada recomenda manter um arquivo com originais ou cópias de documentos, certidões de casamento e nascimento, declaração de imposto de renda, procurações, escrituras, testamentos, seguros e contatos, e avisar os familiares. E recomendação comum entre os especialistas ouvidos foi reservar recursos para cobrir gastos enquanto não for realizada a divisão da herança. É melhor do que dividir senhas, o que costuma gerar brigas.