Os bancos eliminaram 78.155 postos de trabalho entre janeiro de 2013 e outubro de 2020. Neste intervalo, foram registradas 303,7 mil demissões e 225,5 mil contratações. O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia, foi divulgado pela Folha.
Nos primeiros dez meses de 2020, o setor apresenta um saldo negativo de 8.086 vagas, sendo 13,7 mil contratados contra 21,8 mil desligados no período.
De acordo com especialistas, a digitalização do sistema financeiro explica essa reestruturação.
Ao jornal, o sócio do Peixoto e Cury Advogados, Carlos Eduardo Dantas Costa, disse que o compromisso público de não demitir, feito pelos bancos em março, no início da pandemia, não se traduz em garantia de emprego ou de estabilidade.
“A pandemia e a quarentena, por si só, não impedem que as pessoas sejam demitidas”, afirmou o advogado. “Claro que houve um super esforço da sociedade e do governo para evitar demissões em massa, mas esse compromisso não é garantia permanente.”
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