A queda no faturamento de escritórios de advocacia é inevitável diante da pandemia do coronavírus. Clientes já cancelaram serviços e julgamentos foram adiados. Por outro lado, a demanda na área trabalhista cresceu. Na pauta, questionamentos sobre férias coletivas, home office e até possíveis reduções de salários.
André Villac Polinésio, sócio do Peixoto & Cury Advogados, falou ao Valor sobre o assunto. “Estou trabalhando como se não houvesse amanhã. Mas sabemos que essa demanda pode diminuir nos próximos dias. Se diminuir, haverá impacto no recebimento dos honorários”, disse.
Também ao Valor, Eduardo Diamantino, sócio do Diamantino Advogados, previu impactos no pagamento de honorários, que ocorre de duas formas: cobrança por êxito e por hora. “Todos os processos vinculados a êxito judicial não vão performar nesse período”, afirmou.
Diamantino, no entanto, acredita que o período pós-coronavírus poderá equilibrar as finanças. A crise econômica deverá aquecer o mercado nas áreas de contencioso civil, tributário e recuperação judicial. “Então, num primeiro momento, deve cair o faturamento. Mas o pós deve vir com força para os escritórios.”