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Ministro anuncia aposentadoria 18 anos antes da compulsória

Decisão do magistrado surpreendeu colegas da Corte

3 de março de 2021

Foto: Sergio Amaral/STJ

O ministro Nefi Cordeiro, integrante da 6ª Turma e 3ª Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça), surpreendeu ao anunciar sua aposentadoria em sessão de julgamento nesta terça-feira (2). “A vida nos leva a contínuos momentos de repensar. Refleti muito e decidi requerer a minha aposentadoria”, disse .

O magistrado poderia permanecer na Corte por mais 18 anos. Sua aposentadoria compulsória só ocorreria em 18 de outubro de 2038, aos 75 anos. Sua nomeação ao STJ ocorreu em 2014, no governo da presidente Dilma Rousseff.

Nascido em Curitiba, foi desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (2002-2014), juiz federal (1992-2002), juiz de Direito (1990-1992) e promotor de Justiça (1989-1990).

À ConJur, advogados repercutiram o assunto. Veja abaixo:

Cesar Asfor Rocha, ministro aposentado e ex-presidente do STJ

Foi um dos maiores juízes que conheci.

Cecília de Mello, advogada

Perde o Judiciário, perdem os cidadãos. Perde muito o Direito Penal.

Bruno Salles Ribeiro, criminalista e membro da diretoria do IBCCrim

A magistratura perde um grande expoente de seus quadros com a aposentadoria do ministro Nefi Cordeiro. Em sua atuação na Corte da Cidadania, foi um exemplo de juiz técnico, imparcial e sensível à realidade de nosso país. Sua precoce aposentadoria nos toma a todos de surpresa. No entanto, seu legado de precedentes, certamente, contribuirá ainda por anos para a formação do tecido jurídico que compõe o ordenamento nacional.

Daniel Bialski, criminalista

Grande magistrado, inovou e honrou a Superior Corte com sua cultura, combate às ilegalidades e abusos. Sempre atencioso com os advogados e atento aos reclamos. Fará falta, já que sua forma de julgar, sensível às injustiças, não é seguida por muitos.

Foto: Sergio Amaral/STJ

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