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Investigação sobre Eduardo Paes ainda interfere em pleito, diz advogado

Processo sobre repasses da Odebrecht foi para a Justiça Federal

11 de setembro de 2020

Tânia Rêgo/Agência Brasil

O juiz Flávio Itabaiana, da 204ª Zona Eleitoral, transferiu da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro para a Justiça Federal a investigação relacionada aos cinco depósitos no exterior feitos pela Odebrecht e supostamente direcionados ao ex-prefeito Eduardo Paes. Os recursos teriam como objetivo a campanha à reeleição à prefeitura carioca em 2012.

A investigação do Ministério Público concluiu que foram transferidos cerca de US$ 5,5 milhões para fora do Brasil. No entanto, a Justiça fluminense entendeu que não há provas de que o valor foi destinado a financiamento de campanha, via Caixa 2.

Em entrevista à Bandnews, o advogado Marcus Vinicius Pessanha, mestre em Direito Administrativo e Regulatório do Nelson Wilians & Advogados Associados, explicou que, mesmo saindo da Justiça Eleitoral, a investigação na esfera criminal pode trazer complicações políticas para Paes.

A Justiça Eleitoral aceitou denúncia do Ministério Público do Estado que acusa Paes e o aliado político do ex-prefeito, deputado federal Pedro Paulo, de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Paes classificou a ação como uma tentativa de interferir no processo eleitoral, já que ele pretende concorrer novamente ao cargo este ano. O deputado federal Pedro Paulo também classificou o caso como “uso político de instrumentos da Justiça para interferir na eleição”.

 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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