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Não se justifica monitoramento político, diz advogada

Secretaria do governo preparou dossiê contra professores e policiais

6 de agosto de 2020

Foto: AGU/Ascom/Divulgação

A Seopi (Secretaria de Operações Integradas) foi criada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro com o objetivo de integrar ações de órgãos de segurança pública federais, estaduais e distrital com “vistas à prevenção e à repressão da violência e da criminalidade”. Segundo reportagem do UOL, um relatório feito pela Siope teria fotografias e endereços de redes sociais sobre 579 professores e policiais identificados como antifascistas.

Especialistas ouvidos pela Folha apontam falta de justificativa plausível para a produção deste material.

“A competência do MJ [Ministério da Justiça] não permite o monitoramento político. Se não há qualquer tipo de ameaça pública que caracteriza a investigação, não há por que autorizar esse tipo de monitoramento”, afirmou Vera Chemim, advogada constitucionalista, mestre em direito público administrativo pela FGV.

O ministro da Justiça, André Mendonça (foto), já anunciou a abertura de sindicância e demitiu Gilson Libório Mendes, que seria responsável por reunir os dados dos servidores.

Foto: AGU/Ascom/Divulgação

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