O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, tomou posse nesta segunda-feira (18). Ele substitui Augusto Aras, que saiu em setembro. O cargo vinha sendo ocupado interinamente por Elizeta Ramos.
Com um mandato de dois anos, cabe ao PGR, por exemplo, propor investigações e processos contra autoridades com foro privilegiado, entre elas o presidente da República.
Ao tomar posse, Gonet declarou que o Ministério Público é “corresponsável” pela preservação da democracia no país. Ele também defendeu que a PGR não busca “palco nem holofotes” e deve agir de forma unida para evitar “cacofonia institucional”.
“Temos um passado a resgatar, um presente a nos dedicar e um futuro a preparar. O Ministério Público vive um momento crucial na cronologia da nossa República democrática. O instante é de reviver na instituição os altos valores constitucionais que inspiraram a sua concepção única na história e no direito comparado”, afirmou Gonet.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participou da cerimônia. Em discurso, criticou o que chamou de “acusações levianas” e disse que o Ministério Público “não pode achar que todo político é corrupto”.
Ao falar sobre a atuação do MP, em claro recado à “lava jato”, afirmou que “muitas vezes se destrói uma pessoa antes de dar a ela a chance de se defender”.
Foto: M. Camargo e A. Cruz/Agência Brasil