Notícias

TST marca nova rodada de negociação para discutir piso de enfermagem

Ministro Aloysio Corrêa da Veiga diz que partes estão abertas ao diálogo

27 de outubro de 2023

O vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, marcou para 7 de novembro uma nova roda de de negociação para a implantação do piso nacional dos profissionais de enfermagem no setor privado. Na quinta-feira (26), ele conduziu duas reuniões unilaterais. Uma com a Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e outra com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da CUT (CNTSS) e a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).

Após os encontros, o ministro destacou que as partes estão dispostas ao diálogo e à busca de uma solução autocompositiva que atenda aos interesses das categorias. “Isso demonstra o comprometimento de ambas na busca da melhor solução para todos”, enalteceu.

A CNSaúde ficou de apresentar uma proposta concreta aos trabalhadores até o dia 6 de novembro, véspera da próxima reunião marcada pela Vice-Presidência do TST. A CNTS e a FNE, por sua vez, se mostraram aberta ao diálogo e ressaltaram que irão continuar o processo negocial, sem prejuízo das negociações coletivas em trâmite nos estados.

As audiências foram acompanhadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Mediação

A mediação do TST foi solicitada pela CNSaúde, representante da categoria patronal de estabelecimentos privados de saúde (hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratório e serviços de diagnóstico, de imagem e de fisioterapia, entre outros).

A Lei 14.434/2022 prevê que tanto os estabelecimentos públicos quanto os privados devem pagar a enfermeiros e enfermeiras o piso de R$ 4.750. Para técnicos de enfermagem, o piso é de R$ 3.325, e, para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.

A norma foi questionada pela CNSaúde no Supremo Tribunal Federal, que, em julho de 2023, definiu, em medida cautelar, que a implementação do piso salarial nacional no setor privado deveria ser necessariamente precedida de negociação coletiva, levando em conta a preocupação com demissões em massa e eventuais prejuízos para os serviços de saúde. Não tendo havido acordo no prazo de 60 dias a partir do julgamento, incidiriam os valores previstos na lei.

*Com informações do TST

Notícias Relacionadas

Notícias

Podcast Marias do Brasil recebe a ministra Cármen Lúcia

Nova temporada tem a missão de divulgar trajetórias femininas de sucesso

Notícias

Alexandre de Moraes reduz em 90% acervo do gabinete em seis anos

Balanço mostra que número de processos passou de 6.597 para 662 no gabinete